O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) anunciou nesta quarta-feira (19/4), que enviou uma notícia-crime à Procuradoria Geral da República (PGR) pedindo a prisão do General Gonçalves Dias, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O militar aparece em imagens de câmeras de segurança que sugerem conivência com vândalos que invadiram o Palácio do Planalto em 8 de janeiro.
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Em seu perfil no Twitter, Nikolas disse que pediu a prisão de Gonçalves Dias partindo do mesmo entendimento do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ao decretar a prisão do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Jair Bolsonaro (PL) e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres.
Enderecei a notícia crime ao Procurador Geral da República para que atue junto ao Supremo por se tratar de um Ministro do governo Lula.
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) April 19, 2023
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Imagens de câmeras de segurança do Palácio do Planalto divulgadas nesta quarta pela CNN Brasil mostram integrantes do GSI com postura leniente aos invasores que depredaram a Praça dos Três Poderes, em Brasília-DF, em 8 de janeiro. O ministro-chefe do gabinete, General Gonçalves Dias, aparece nas imagens caminhando pela antessala do gabinete da Presidência da República.
Gonçalves Dias assumiu o GSI com a transição na presidência, assumindo posto antes ocupado pelo General Augusto Heleno, figura aliada de Jair Bolsonaro. Dias já havia trabalhado na segurança de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em sua primeira passagem pela presidência.
A relação de Lula e o general hoje à frente do GSI e as imagens divulgadas nesta quarta aqueceram o discurso da oposição sobre suposta negligência do governo federal durante os ataques de vândalos em Brasília. Parlamentares bolsonaristas fazem coro pela abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os atos antidemocráticos do 8 de janeiro.
Anderson Torres, citado por Nikolas, teve a prisão preventiva decretada pelo STF após os atentados de 8 de janeiro. À época dos ataques, o ex-ministro de Bolsonaro estava à frente das forças de segurança do Distrito Federal, consideradas omissas durante os ataques que culminaram com a destruição do Palácio do Planalto, do STF e do Congresso Nacional.
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