O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, informou, nesta quarta-feira (19/4), que não irá ao depoimento marcado na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados. Ele prestaria esclarecimentos sobre as ações de sua pasta durante os atos terroristas de 8 de janeiro — que culminaram na depredação dos prédios dos Três Poderes.
Como justificativa, o ministro do GSI apresentou um atestado médico e se colocou “à disposição para agendamentos futuros". Gonçalves Dias é o responsável por orientar o serviço de inteligência de segurança do presidente da República. Ele foi convocado a prestar depoimento por parlamentares de oposição. Os políticos alegam que os ministros do governo Lula teriam prevaricado nas ações de enfrentamento aos bolsonaristas que destruíram os prédios.
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Nesta manhã, a CNN divulgou gravações das câmeras de segurança do Palácio do Planalto, mostrando que o ministro-chefe e outros oficiais do GSI estavam circulando pelo edifício em meio à invasão dos extremistas. Em outras imagens, é possível ver até mesmo eles interagindo e orientando os criminosos.
Horas antes da audiência, o GSI publicou uma nota, afirmando que o objetivo dos agentes na ocasião era “evacuar” o Planalto e que o caso já é investigado internamente para verificar qualquer irregularidade. “Quanto às afirmações de que agentes do GSI teriam colaborado com os invasores do Palácio do Planalto, informa-se que as condutas de agentes públicos do GSI envolvidos estão sendo apuradas em sede de sindicância investigativa instaurada no âmbito deste Ministério e se condutas irregulares forem comprovadas, os respectivos autores serão responsabilizados”, diz o comunicado.
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