O governo brasileiro condenou nesta terça-feira (18/4), por meio do Itamaraty, o lançamento de um míssil balístico intercontinental movido a combustível sólido pela Coreia do Norte, em teste realizado na quinta passada (13). Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o lançamento tem "impacto desestabilizador na região" e representa nova violação direta de resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nagões Unidas (ONU).
"O governo brasileiro condena o lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) movido a combustível sólido pela República Popular Democrática da Coreia (RPDC), realizado em 13 abril. É a primeira vez que o país realiza teste com esse tipo de míssil, que representa um desdobramento com impacto desestabilizador na região", declarou o Itamaraty em nota.
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O míssil, batizado de Hwasong-18, viajou cerca de 1.000 km antes de cair no mar, na costa leste da Coreia do Norte. O lançamento chegou a causar um alerta de evacuação na ilha de Hokkaido, Japão. O teste contou com a presença do líder Kin Jong-Un. Segundo a agência estatal de notícias, KCNA, o armamento "promoverá a eficácia de sua postura de contra-ataque nuclear".
O IBCM tem capacidade de carregar uma ogiva nuclear, e é considerado de médio alcance. O desenvolvimento da tecnologia de combustível sólida é vista como um passo importante para o país, por permitir um lançamento consideravelmente mais rápido do que os ICBMs de combustível líquido, que precisam ser abastecidos antes de usados.
Diplomacia é melhor solução, diz Brasil
O governo brasileiro ressaltou que o Conselho de Segurança da ONU determinou que a Coreia do Norte cesse as atividades do seu programa de mísseis balísticos. "O governo brasileiro insta a RPDC a cumprir todas as resoluções pertinentes do CSNU", disse o Itamaraty.
O ministério também afirmou que "o engajamento político e diplomático" é o melhor caminho para estabelecer a paz na península coreana, e defendeu a retomada das negociações para a desnuclearização da região.
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