O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou ao presidente da Romênia, Klaus Werner Iohannis, que o Brasil condena a invasão da Ucrânia pela Rússia, mas destacou a defesa de uma solução negociada para o conflito.
“Ao mesmo tempo em que meu governo condena a violação da integridade territorial da Ucrânia, defendemos uma solução política negociada ao conflito. Falei da minha preocupação com os efeitos da guerra que extrapolam o continente europeu”, afirmou Lula, durante brinde do almoço protocolar na sede do Itamaraty, nesta terça-feira (18/4).
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Lula lembrou que a Romênia possui mais de 600 km de fronteiras com a Ucrânia e apontou que o conflito europeu traz consequências na segurança alimentar e energética, especialmente sobre as regiões mais pobres do planeta.
“Precisamos criar urgentemente um grupo de países que sentem à mesa, tanto com a Ucrânia quanto com a Rússia, para encontrar a paz”, disse o petista, que cobrou também uma reformulação do Conselho de Segurança das Nações Unidas para representar melhor os países em desenvolvimento.
Relações bilaterais
Durante a fala, o presidente comentou as relações bilaterais com a Ucrânia, apontando que o Brasil é o maior fornecedor não europeu de alimentos ao país, que também tem destacado desempenho agropecuário na Europa. Lula também destacou o interesse de empresas brasileiras no país, como a Embraer, que vislumbra parcerias com o setor aeroespacial romeno.
“Brasil e Romênia estão completando 95 anos de relações diplomáticas, sempre muito amigáveis e fecundas. Para marcar esse momento especial, o presidente Iohannis e eu discutimos um mapa do caminho para promover a revitalização das relações bilaterais nos próximos anos. Temos o potencial de ampliar o fluxo de comércios e investimentos em agricultura e em produtos de defesa”, disse Lula. O presidente romeno está em visita ao Brasil até a próxima sexta-feira (21).
Clima
Lula apontou ainda que o país é o detentor da mais extensa área de floresta nativa na Europa e que o país compartilha da visão de urgência do Brasil em combater os desafios da mudança climática. O brasileiro também lembrou que apresentou a candidatura de Belém para sediar a 30ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP), que será realizada em 2025.
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