O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou nesta terça-feira (18/4) que fará uma reunião de líderes para decidir sobre o adiamento da sessão conjunta do Congresso Nacional marcada para as 12h de hoje. O adiamento foi pedido por seis líderes da Câmara dos Deputados.
"Há um requerimento de líderes de partidos políticos e líderes do governo para que a sessão seja adiada, e esse requerimento não foi apreciado", declarou Pacheco a jornalistas no Palácio do Planalto, onde participa nesta manhã de uma reunião convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para debater medidas de combate contra a violência nas escolas.
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Segundo o líder do Congresso, a reunião com os líderes acontecerá logo após ele deixar o Planalto, ainda pela manhã. No requerimento, os deputados pedem o adiamento da sessão e argumentam que o Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) que estabelece o piso da enfermagem ainda não foi enviado, o que pode ser feito por Lula ainda hoje.
Governo quer barrar CPMI
A base governista também quer impedir a instauração da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os ataques terroristas de 8 de janeiro, cujo requerimento tem leitura prevista para a sessão marcada para hoje.
Questionado, Pacheco respondeu: "O fato é que a CPI é um direito da minoria, reconhecido, inclusive, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e esse direito será por mim garantido. Mas o direito da realização da sessão [conjunta] é da maioria. Se a maioria não quiser dar quórum para realizar a sessão, a sessão não acontece".
Segundo Pacheco, ele tentará "convergir com a oposição" e buscar um consenso. A base do governo defende que a sessão conjunta seja realizada na próxima semana, e tentará convencer parlamentares a retirar suas assinaturas para abertura da CPMI, demandada pela oposição.
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