Fechando a viagem ao continente asiático, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou ontem em Abu Dhabi. Na rápida visita à cidade, Lula se reuniu com o presidente dos Emirados Árabes Unidos, xeique Mohammed bin Zayed Al Nahyan, no Palácio Presidencial, onde foram assinados memorandos de entendimento entre as autoridades dos dois países.
No encontro com o chefe de Estado, Lula destacou ser a segunda visita dele ao país, agradeceu a recepção e falou em cooperação no comércio, nos esportes e no campo da inteligência artificial (AI). Também lembrou os números expressivos do comércio entre as duas nações e falou sobre a COP 28, evento do clima que a capital vai sediar no fim do ano.
"A parceria entre nossos países está amparada em ricas conexões nas mais diversas áreas, traduzida nos números expressivos do nosso comércio, na cooperação em esportes e em inteligência artificial", comentou o presidente brasileiro.
Foram assinados acordos relacionados ao comércio bilateral que, no ano passado, movimentou quase U$ 6 bilhões, com saldo positivo para a exportação brasileira de carne. Ainda foram discutidas parcerias ambientais na geração de energias renováveis que buscam atender o compromisso de zerar emissões de gases estufa até 2050.
A recepção de Lula contou com a apresentação da esquadrilha da fumaça da Força Aérea dos Emirados Árabes, a Al Fursan, que deixou um rastro em verde, amarelo, branco e azul quando o petista chegava ao palácio do xeique. Após a reunião, Lula participou de um Iftar, refeição islâmica celebrada no pôr do sol que encerra, no dia, o jejum islâmico que acontece durante o mês do Ramadã.
Entre os acordos firmados está a assinatura pelo governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), de um entendimento para a construção de uma fábrica de diesel verde e querosene de aviação sustentável no estado nordestino, um investimento esperado de R$ 12 bilhões em 10 anos.
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China
Na partida da China, na manhã de ontem, o presidente Lula falou rapidamente com os jornalistas na saída do hotel em Pequim, e se desculpou pelo cancelamento da entrevista coletiva prevista para a noite anterior justificando que estava muito cansado. "Desculpa por eu não ter conversado com vocês, não foi possível. A agenda foi muito intensa e eu estava só o 'pózinho da rabiola', e não ia dar entrevista, sabe, totalmente desconectado com a minha beleza", brincou.
Na ocasião, questionado sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, Lula aproveitou para mandar um recado ao governo norte-americano. "É preciso que os Estados Unidos parem de incentivar a guerra e comecem a falar em paz."
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