Jair Bolsonaro (PL) tem mais de 9 mil presentes, que foram recebidos no período em que era presidente da República, guardados em uma fazenda do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet.
De acordo com a colunista Bela Megale, do jornal O Globo, no galpão - de 195 m³ - emprestado pelo ex-piloto, há 175 caixas que fazem parte do "acervo pessoal" de Jair Bolsonaro. São, ao todo, 166 caixas com os mais variados tipos de objetos, e outras nove, com honrarias.
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A "Fazenda Piquet" fica localizada em uma área nobre de Brasília. No galpão, também ficaram os conjuntos de joias sauditas que o ex-presidente entregou à Caixa Econômica Federal. De acordo com a coluna, no local há presentes dados por pessoas físicas, jurídicas e autoridades dos mais variados países, entre eles Uruguai, Polônia, Paraguai, Coreia do Sul, Equador, Suíça, Colômbia, Taiwan, Israel, Alemanha, Itália, Argentina e China.
Detalhes dos presentes ainda não foram informados. Jair Bolsonaro e Nelson Piquet são amigos próximos. O ex-piloto chegou a doar à campanha de reeleição do ex-presidente R$ 501 mil.
Joias sauditas
Jair Bolsonaro é suspeito de trazer kits de joias de forma ilegal para o Brasil. O ex-presidente recebeu três conjuntos de joias do governo da Arábia Saudita.
Em outubro de 2021, a comitiva do governo Bolsonaro tentou trazer ilegalmente presentes dados por sauditas. Na ocasião, os bens não foram declarados pela comitiva liderada pelo ex-ministro Bento Albuquerque, e a caixa de presentes, estimada em R$ 1 milhão, passou pela alfândega.
Já o segundo pacote de joias foi retido pela Receita Federal. No dia 26 de outubro daquele ano, durante fiscalização de passageiros que desembarcavam em Guarulhos (SP), vindos da Arábia Saudita, agentes da alfândega encontraram na bagagem de Marcos André dos Santos Soeiro, assessor de Bento Albuquerque, uma escultura de um cavalo com cerca de 30 centímetros, dourada, com as patas quebradas.
Dentro da peça estavam os estojos com as joias e o certificado de autenticidade da empresa suíça Chopard.
Este segundo conjunto foi estimado em R$ 16,5 milhões e seriam, supostamente, presentes para a então primeira-dama Michelle Bolsonaro. Após a repercussão do caso, Michelle negou ter conhecimento das joias.
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro entregou o pacote de joias à Caixa Econômica Federal, conforme determinado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Tempos depois, um terceiro pacote de joias foi revelado. Conforme informado pelo jornal Estado de S. Paulo, diferentemente dos outros presentes, foi recebido em mãos pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, durante uma comitiva a Doha, no Catar, e em Riade, na Arábia Saudita, entre os dias 28 e 30 de outubro de 2019.
A defesa do ex-presidente afirmou que também vai devolver o terceiro pacote.
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