Na esteira da criação dos dois “blocões” na Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), disse que a intenção nunca foi fazer “chantagem ao governo” e que se diverte com as narrativas criadas. O primeiro grupo é formado por MDB, PSD, Podemos, Republicanos, e PSC, e o segundo, oficializado ontem, reúne PP, União Brasil, PDT, PSB, Solidariedade, Avante, Patriota e pela federação Cidadania-PSDB.
“Essa casa é uma casa de muita conversa, de muita articulação, de muito entendimento, e eu fico às vezes me divertindo com as narrativas. Esse bloco que foi criado não é para fazer oposição ao governo, não é para fazer chantagem ao governo. Essas versões que são criadas e, muitas vezes debatidas, não ajudam nesse momento”, disse, em entrevista à GloboNews nesta quinta-feira (13/4).
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Lira enfatizou ainda que a Câmara não tem criado dificuldades ao governo.
“As medidas provisórias, comissões mistas, o posicionamento da Câmara sempre foi de que não é o método adequado mais produtivo, mais transparente, mais democrático. Mas a partir do momento que não há entendimento das duas casas para mudar a Constituição, as medidas provisórias pertinentes ao que a Constituição traz — relevantes, urgentes, importantes, prioritárias ou privativas do poder Executivo, nós sentamos com o governo e fizemos um acordo para não ter nenhum prejuízo na reorganização político-administrativa, no Minha Casa, Minha Vida e no Bolsa Família”, citou.
O primeiro ‘blocão’, anunciado na semana passada, foi interpretado como uma forma de descentralizar o poder de Lira. Por isso, a criação do segundo bloco foi vista como uma reação por parte das bancadas.
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