A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, determinou nesta quarta-feira (12/4), que, até o final da sua gestão, o país passará de 400 organismos de políticas públicas para as mulheres para, ao menos 1.200. Os organismos são equivalentes à secretarias nos Estados e municípios para discutir os temas referentes ao gênero.
A meta foi colocada em discurso realizado no primeiro Fórum Nacional de Organismos de Políticas para as Mulheres, em Brasília, após a mudança de governo. O assunto foi trazido porque, segundo a ministra, as gestoras tiveram muita dificuldade de recursos para vir à capital federal.
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"A maioria não conseguiu vir porque não teve dinheiro, não teve condições e estrutura. Eu gostaria de pedir ao secretário [André] Ceciliano ajuda para falar com a Secretaria de Relações Institucionais, com o ministro [Alexandre] Padilha, que me ajudasse a falar com todos os prefeitos e prefeitos sobre a importância de ter a política pública para mulheres, de garantir a vinda delas para esse espaço de debate político", solicitou.
As 256 representantes dos municípios presentes no evento ouviram o incentivo da ministra para entrarem em "disputas", em suas regiões, no que diz respeito ao dinheiro distribuído pelo Plano Plurianual (PPA). Segundo ela, é por esse instrumento que as gestoras devem buscar seus orçamentos e demonstrar o que precisam para as demandas regionais.
"Quando eles [os secretários que são responsáveis pelo plano] estiverem andando pelos municípios e estados, entrem no site do ministério para saber onde eles estão, e vocês vão até lá. Não é para ficar quieta. Abre a boca, pega o microfone, fala, briga, e diz que precisamos de dinheiro para enfrentar a violência, para autonomia econômica, para vir para cá se articular", disse.
Orçamento reforçado
Cida também afirmou que a articulação com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, para o orçamento do ministério resultou em um salto de R$ 23 milhões para R$ 123 milhões, a serem liberados no orçamento do ano que vem.
Ainda sobre orçamento, a ministra explicou que precisa da articulação das gestoras na ponta para saber quanto recurso é necessário a pasta executar. Por isso, ela reforçou a importância da organização.
"O que vai dizer o tanto de projeto para liberar no ano que vem é a disputa que você vai fazer [para o PPA]. Precisamos da força política que vem da capacidade de organização, de falar", ressaltou.
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