POLÍTICA EXTERNA

Após viagem à China, Lula vai convidar Xi Jinping para visitar o Brasil

A ideia, de acordo com o presidente, é mostrar ao chinês os projetos que podem contar com investimentos vindos do país asiático

Rafaela Gonçalves
postado em 10/04/2023 20:21 / atualizado em 10/04/2023 20:21
 (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, na noite desta segunda-feira (10/4), em entrevista à Voz do Brasil, que após a viagem à China vai convidar o presidente chinês, Xi Jinping, para visitar o Brasil. A ideia, de acordo com ele, é mostrar ao chefe de Estado chinês os projetos que podem contar com investimentos vindos do país asiático. "Eu vou convidar o Xi Jinping para vir ao Brasil para uma reunião bilateral. Para conhecer o Brasil, para mostrar os projetos que nós temos de interesse de investimento dos chineses", afirmou.

O presidente viaja para a China amanhã, para uma agenda bilateral no país, que é o maior parceiro comercial do Brasil. Lula deve ir acompanhado de 40 autoridades brasileiras, entre ministros, parlamentares e governadores.

Durante a entrevista, Lula disse ainda o que espera da relação com o país asiático: “A gente não quer que os chineses comprem coisa nossa, o que nós queremos é construir parcerias. Nós queremos fazer sociedade para que eles possam fazer investimento em coisas que não existem aqui. Em uma nova rodovia, nova ferrovia, nova hidrelétrica, coisa qualquer que signifique algo novo para o Brasil.”

Amazônia

Lula afirmou que o Brasil deve se reunir em junho com países com grandes florestas, como Congo e Indonésia, para tratar da sustentabilidade. O presidente disse que tentará ampliar a participação na reunião para todos os países da América Latina que tenham território na Amazônia.

"Eu já tenho, em junho, um compromisso com o Congo, que está convidando o Brasil e a Indonésia para fazer um grande encontro dos três países que têm a maior floresta verde do mundo. Obviamente que eu vou tentar convencer o Congo a convidar os países da América do Sul, porque nós também temos de ter humildade e reconhecer que a Amazônia não é só nossa. A Amazônia tem vários países que têm um potencial extraordinário igual ao Brasil e, se a gente estiver junto, a gente é muito mais forte", declarou.

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