INVESTIGAÇÃO

Governo pede a exclusão de 430 contas que incitaram ataques em escolas

Operação deflagrada no fim de semana resultou na prisão de um suspeito, cumprimento de mandados de busca e apreensão e coleta de provas

Renato Souza
postado em 10/04/2023 15:30 / atualizado em 10/04/2023 15:31
 (crédito:  Fotográfo/Agência Brasil)
(crédito: Fotográfo/Agência Brasil)

O Ministério da Justiça solicitou a exclusão de 430 contas no Twitter que estariam ligadas à incitação de ataques em escolas. De acordo com a pasta, os perfis publicaram hastags ligadas a mensagens incentivando atentados contra instituições de ensino. Os pedidos de remoção do conteúdo estão ligados à Operação Escola Segura, ocorrida no fim de semana.

Além do Twitter, o governo também pediu a remoção de três contas do aplicativo TikTok e o conteúdo das postagens foi preservado, para auxiliar nas investigações. Ao longo do fim de semana, um suspeito foi preso e sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos.

As investigações apontam para a disseminação coordenada de mensagens com ameaças, com o objetivo de levar medo e pânico à população. Além de investigação a nível federal, diligências foram abertas pela Polícia Civil em diversos estados e no Distrito Federal.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que as ameaças estão ligadas a ideais extremistas, semelhante aos que levaram à invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília, no 8 de janeiro. “A questão, hoje remanescente, é a responsabilização das pessoas que engendraram esse planejamento golpista durante meses, e os ecos, as reverberações da violência que permanecem. Por exemplo, estamos agora às voltas com essas ameaças relativas a escolas. Nós temos uma ligação entre uma coisa e outra”, disse.

Ainda segundo ele, a banalização da violência une atentados contra prédios públicos em Brasília e incitação a ataques em escolas. “Tem influência da ideia de violência extremista a qualquer preço, a qualquer custo. O ethos, o paradigma de organização do mundo que golpistas políticos e assassinos de crianças têm é o mesmo. É a mesma matriz de pensamento, a matriz da violência”, completou o ministro da Justiça.

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