Em discurso de 100 dias de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (10/4) que seu governo “voltou a cuidar do que era urgente e inadiável: o povo brasileiro”. A declaração ocorreu durante reunião com os 37 ministros de governo em balanço dos mais de três meses de gestão. Lula também não poupou críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Nós sabemos o que o país passou de 2018 a 2022. As ofensas que o país passou, que as mulheres sofreram, os negros e negras, os democratas, a Suprema Corte, governadores. Nunca antes um presidente os tratou com tanto desrespeito. Mas a democracia voltou. Uma frase muito pequena traduz a enormidade do desafio que cumprimos nesses primeiros 100 dias de governo: o Brasil voltou”, disse citando o slogan de sua gestão. “O Brasil voltou para conciliar novamente crescimento econômico com inclusão social. Para reconstruir o que foi destruído e seguir adiante. O Brasil voltou para ser outra vez um país sem fome.”
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Lula seguiu apontando desmonte do governo bolsonarista em programas sociais. “Ao mesmo tempo que prepara o terreno para as obras de infraestrutura que foram abandonadas ou ignoradas pelo governo anterior, o Brasil voltou a cuidar de saúde, educação, ciência e tecnologia, cultura, habitação e da segurança pública.”
Lula citou programas relançados nos 100 primeiros dias de gestão, como Bolsa Família, Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Minha Casa Minha Vida, Mais Médicos e Pronasci.
O presidente disse ainda que o país “voltou a olhar para o futuro”. “Isso significa investir em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, geração e transmissão de energia, conectividade, expansão do pré-sal, energia solar e eólica e outras ações para colocar o Brasil no rumo do desenvolvimento. Mas significa, antes de tudo, olha para as pessoas.”
E continuou: “Não se constrói um país verdadeiramente desenvolvido sobre as ruínas da fome, dos ataques à democracia, do desrespeito aos direitos humanos e das desigualdades de renda, raça e gênero. Não se chega a lugar nenhum deixando para trás a metade mais sofrida da nossa população. Por isso, foi preciso reerguer alicerces, pavimentar novamente a estrada em direção ao futuro. E foi o que fizemos nestes primeiros 100 dias de governo”.
Infraestrutura
O petista também afirmou que o governo vai ampliar investimentos "estratégicos" em obras de infraestrutura divididos em seis eixos:
- transportes
- infraestrutura social
- inclusão digital e conectividade
- infraestrutura urbana
- água para todos
- transição energética
“Articularemos ainda com mais eficiência os investimentos públicos e privados e o financiamento dos bancos oficiais, em uma mesma direção: a do desenvolvimento com inclusão social e sustentabilidade ambiental.”
Sobre energia, disse que o governo lançará editais para investimentos, especialmente, nas matrizes eólica e solar. “A transição energética será acelerada. Vamos lançar editais para contratação de energia solar e eólica que, somados, representarão capacidade de geração equivalente à de nossas maiores usinas hidrelétricas. E os leilões para novas linhas de transmissão irão tornar ainda mais rápida e atrativa a implantação desses parques de energia limpa. E não perderemos a oportunidade de nos tornarmos uma potência global do hidrogênio verde.”
Por fim, informou que a Petrobras financiará pesquisas para novos combustíveis renováveis. “Ao mesmo tempo, retomará o papel protagonista nos investimentos, ampliando a frota de navios da Transpetro e gerando emprego em nossos estaleiros”, concluiu.
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