A Polícia Federal adiou o depoimento do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), por afirmar que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria feito "vista grossa" e facilitou os atos terroristas de 8 de janeiro. A oitiva agora, será realizada em 19 de abril, por meio de videoconferência.
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A declaração de Zema foi dada em uma entrevista à Rádio Gaúcha, em 16 janeiro. Na ocasião, ele fez acusações ao governo petista e afirmou que a gestão facilitou a invasão dos extremistas bolsonaristas, que resultou na depredação dos prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto.
Zema, que é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, disse que houve erro da extrema direita, mas responsabilizou o PT pela destruição dos edifícios. “Me parece que houve um erro da direita radical, que é minoria. Houve um erro também, talvez até proposital do Governo Federal que fez vista grossa para que o pior acontecesse e ele se fizesse de vítima”, disse o governador durante a entrevista.
A oitiva foi determinada por meio de uma ação movida pelo deputado Zeca Dirceu (PT-PR), líder da legenda da Câmara, e Reginaldo Lopes (PT-MG). À época da declaração, o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta (PT), também criticou a fala e disse que Zema lança mão de uma "teoria da conspiração".
"Não contribui o governador de um estado importante como MG fazer insinuações sem base, tentando culpar a vítima, com teoria da conspiração que levou muitos golpistas a ventilar fake news sobre 'infiltrados' e coisas desse tipo. Queremos diálogo sério pela reconstrução do Brasil", afirmou, via redes sociais.
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