Em aceno às Forças Armadas, Lula participa de cerimônia militar no Planalto

O presidente Lula e militares ensaiam uma reaproximação após períodos de tensão envolvendo a crise nos atos terroristas de 8 de janeiro e episódios de politização na corporação envolvendo a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro

Ingrid Soares

postado em 04/04/2023 19:27

(crédito: Carl de Souza/AFP)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, nesta terça-feira (4/4), da cerimônia de apresentação dos Oficiais-Generais recém-promovidos no Palácio do Planalto. O ato ocorreu em um momento em que o chefe do Executivo e os comandos das Forças Armadas ensaiam uma reaproximação após períodos de tensão envolvendo a crise nos atos terroristas de 8 de janeiro e episódio de politização na corporação envolvendo a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Foram promovidos 56 oficiais para cargos de oficiais generais das três Forças militares: Exército (general de brigada), Marinha (contra-almirante) e Aeronáutica (brigadeiro).

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Também estiveram presentes os chefes das Forças Armadas, o general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva (Exército); o almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen (Marinha); e o tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno (Aeronáutica), além do ministro da Defesa, José Múcio. A cerimônia ocorre três vezes por ano.

No último dia 21, Lula afirmou que as Forças Armadas assumiram o compromisso de despolitizar a corporação e citou interesse em enviar ao Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para obrigar militares a migrarem para a reserva caso queiram disputar eleição ou assumir ministérios. Na ocasião, também recebeu no Planalto o ministro da Defesa, José Múcio; o comandante do Exército, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva; o comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen; e o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno para tratar da indicação dos comandantes.

Na data, Lula disse desejar aproximação com as três Forças. “Quero fazer com que eles participem das coisas que fazemos. A gente só vai conseguir que esse país seja democrático quando a gente conviver igual com os militares, não podem ser seres humanos diferenciados. Vou tratar eles com o respeito que merecem, e quero que tratem a democracia como merece também”, ressaltou.

Já no último dia 15, o petista almoçou com o comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, e com o ministro da Defesa, José Múcio.