A ministra dos Esportes, Ana Moser, foi à Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), nesta terça-feira (28/3) para esclarecer aos senadores alguns pontos da atuação do ministério e do governo. Entre os pontos trazidos pela ministra está uma integração com outras pastas, como Saúde, Educação e Desenvolvimento Social. Segundo a ministra, o esporte é uma ferramenta que, se bem fomentada nas escolas e universidades, pode gerar resultados positivos também nestas outras áreas.
A ex-atleta olímpica do vôlei brasileiro explicou que, nas áreas como Educação e Saúde, há uma previsão e um estudo do custo de cada aluno e cada paciente, e que é necessário incluir o esporte dentro do cálculo nesses dois casos.
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“O esporte não vai ter recurso para fazer o atendimento direto em esporte para a toda a população. Vamos precisar contar com outras pastas, como Educação, Assistência social, mas também a própria Saúde, para buscar desenvolver o nosso sistema”, disse a ministra.
“A nossa pretensão é chegar a um per capita de quanto custa a mais para a educação para atender, com esporte, esse aluno? Quanto custa a mais para saúde para atender com atividade física? Numa perspectiva na educação de desenvolvimento humano, e na saúde, uma perspectiva de saúde preventiva. Quanto custa isso? Para quando chegar numa cidade eu saber quanto vou gastar para atender 100% da população”, ressaltou.
Ana Moser respondeu ainda a questionamentos do senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) sobre apoio privado e adotar modelos como, por exemplo, dos Estados Unidos. A ministra afirmou que o Brasil precisa criar seu próprio modelo.
“É muito coerente e muito possível conseguirmos apoio do setor privado, convergindo com a política de ocupação de território com nossas redes de ocupação do esporte. Sobre o esporte no ensino médio, a gente tem que desenvolver, senador, o nosso modelo brasileiro. Lógico que a gente vê os países desenvolvidos e nos dá o desejo de chegar lá e nós temos que chegar”, disse. “Mais cedo eu falava que hoje a gente briga em muitos municípios, simplesmente, para cumprir as aulas de educação física, que são duas aulas por semana. Só 80 horas por ano. Já é pouco, e muitos alunos não têm nem isso. Estamos em outro patamar e precisamos buscar as formas de alcançarmos escala”, completou a ministra.