O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, comentou, neste domingo (26/3), sobre a relação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governo federal com o agronegócio. Segundo o ministro, Lula respeita a escolha de candidato de cada um, e todos que "entenderem que a eleição acabou e quiserem trabalhar pelos próximos quatro anos" serão bem-vindos. Para Fávaro, a comitiva de empresários do agro que está na China, e acompanharia Lula, é prova de boa relação.
"O presidente Lula tem dito que respeita muito a posição democrática de cada um para escolher seu candidato. Aqueles que entenderem que a eleição acabou e quiserem trabalhar pelos próximos quatro anos pelo agronegócio serão muito bem-vindos", respondeu o ministro da Agricultura após ser questionado sobre o tema, durante coletiva de imprensa na China.
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"A prova de que essa relação é boa é que nós temos mais de 110 empresários do agro, e entidades representativas de classe. Vocês viram, estão lá no hotel. E, diretamente, empresários que estão aqui buscando a oportunidade de estarem ao lado do governo, fazendo suas reivindicações", disse ainda Fávaro.
Oportunidade para o governo abrir portas para os empresários, diz Fávaro
Uma comitiva do Ministério da Agricultura (Mapa) está na China desde segunda-feira (20/3), e se adiantou à viagem de Lula, adiada ontem (25/6). Nesta manhã, Fávaro organizou um café da manhã com produtores de médio a gigante porte do mercado brasileiro, como os irmãos Joesley e Wesley Batista, do grupo J&F, que controle o frigorífico JBS, e Marcos Molina, da BRF. O setor do agronegócio foi um dos mais resistentes ao governo Lula, desde as eleições, já que boa parte dos produtores estava alinhada com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Todas as reuniões, café da manhã, conversa com um, conversa com outro, porque é uma oportunidade que o governo está fazendo de estar abrindo as oportunidades comerciais e apresentando nossos empresários aos empresários chineses. Muito tranquilo", declarou Fávaro.