O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, declarou neste sábado (25/3) que acusações de ligação entre o PT e o PCC "não passam de canalhice", e que não há indícios ou provas. Sem citar o senador Sergio Moro (União-PR) que, poucas horas antes, fez uma associação em suas redes sociais entre o partido e a facção criminosa, o ministro afirmou ainda que "não há imunidade parlamentar para proteger canalhice".
"Essas afirmações de ligação do PT com o PCC não passam de canalhice. Não há indício, prova, nada. Só canalhice mesmo. Lembro que não há imunidade parlamentar para proteger canalhice", escreveu Dino em sua conta no Twitter.
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Mais cedo, Moro fez em suas redes sociais uma associação entre Lula e o PT à facção criminosa, questionando a ligação de um dos criminosos envolvidos no esquema com o uso do e-mail "lulalivre1063@icloud.com", apontado durante a investigação da PF.
Oposição aproveita brecha após fala de Lula para atacar o governo
A oposição vem se aproveitando da repercussão de fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no início da semana à TV 247 e a operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) um dia depois, que desmontou um esquema do PCC para atacar autoridades, incluindo o ex-juiz. Um dos principais ataques é o uso de notícias faltas sobre a ligação entre a legenda e a facção criminosa. Na entrevista, Lula declarou que, na prisão, dizia que só ficaria bem após "foder o Moro".
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), também reagiu. Em suas redes, a deputada afirmou que Moro "vive da mentira" desde que era juiz. "Na campanha eleitoral, o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] proibiu a divulgação dessa mentira, mas o agora senador não se emenda e volta a delinquir", disse Gleisi.