Apontada pela Polícia Federal (PF) como mulher do "cabeça" do plano de atentado contra o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), Aline de Lima Paixão recebeu autorização para aguardar a investigação em liberdade. Ela havia sido presa na quarta-feira, na Operação Sequaz, que revelou as articulações do Primeiro Comando da Capital (PCC) para sequestrar e matar o ex-juiz da Lava-Jato. Com a decisão, Aline será monitorada por tornozeleira eletrônica.
A juíza Gabriela Hardt, da 9ª Vara Federal de Curitiba, autorizou a soltura porque Aline tem filhos menores de 12 anos e seguiu orientação do Supremo Tribunal Federal (STF). Além da tornozeleira, ela está proibida de manter contato com os outros investigados e precisará ficar em casa à noite.
Segundo a investigação, ela "agiu diretamente na consecução do plano criminoso". A mulher teria armazenado códigos criados pelos criminosos para se referir aos comandos e aos alvos do plano — Moro era "Tókio" e sequestro era "Flamengo". Além do auxílio ao plano, Aline também teria um papel importante na contabilidade da organização criminosa, segundo a PF.
De dia, não pode ultrapassar os limites da cidade de Franco da Rocha, na região metropolitana de São Paulo. Nove pessoas foram presas por suspeita de participação no plano de atentado a autoridades. Até o momento, Aline foi a única colocada em liberdade.