O Museu Nacional, no Rio de Janeiro, destruído parcialmente por um incêndio em 2018, deverá ser reaberto ao público no primeiro semestre de 2026, como anunciou o ministro da Educação, Camilo Santana, na quinta-feira (23/3). A informação foi dada durante a vistoria das obras de reconstrução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"O investimento total é de cerca de R$ 445 milhões. Falta captar ainda R$ 180 milhões para a conclusão. Parte já está captada, portanto, essa vai ser a nossa missão agora", afirmou o ministro. "Nós já estamos conversando com as instituições para que possamos complementar os recursos que ainda faltam para a obra ser concluída. O presidente colocou isso: garantir os recursos necessários que faltam e vamos antecipar o calendário. Esse é o nosso objetivo."
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Camilo Santana antecipou que pretende se reunir em breve com representantes da Petrobras, Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou que ajudará a ampliar os apoios, ressaltando a importância dos aportes vindos do banco até este momento.
“O BNDES é a instituição que mais aporta recursos no Brasil para a preservação do patrimônio histórico e cultural. Mais da metade de tudo que foi feito em termos de recuperação e restauração foi o BNDES que financiou. E aqui no Museu Nacional nós já aportamos R$ 50 milhões”, disse Mercadante.
Alexander Kellner, diretor do museu, agradeceu o apoio do governo federal e afirmou que quer inaugurar parte do prédio já em 2024. "A ideia é abrir paulatinamente. Fazer uma pequena abertura em 2024, outra em 2025, depois 2026. Essa é a ideia. Para o acervo, estamos trabalhando com mais afinco. Estamos recebendo inúmeras doações, mas vamos precisar de mais", pediu o diretor.
Criado por D. João VI, em 1818, o Museu Nacional foi criado para administrar coleções de interesse científico. Em 1938, o local foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O museu abrigava o maior acervo de história de ciência natural da América Latina, além de artefatos raros, como um conjunto de múmias egípcias. Com o incêndio de 2018, 85% do acervo, composto por 20 milhões de peças, foi perdido.