A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entregou as joias dadas pelo governo saudita, na manhã desta sexta-feira. Os itens entregues incluem relógio, caneta e abotoaduras e um tipo de rosário, avaliados em R$ 500 mil. A entrega das joias foi feita em uma agência da Caixa Econômica Federal, na Asa Sul, em Brasília.
Na quinta-feira (23/3), o Tribunal de Contas da União (TCU) tinha decidido que estojo recebido pelo ex-presidente de presente do governo saudita deveria ser entregue ao banco público. Já as armas, que ele recebeu dos Emirados Árabes, serão devolvidas à Polícia Federal (PF), que passará a custodiá-los.
Todos os objetos deveriam ser entregues em cinco dias. A defesa de Bolsonaro aguarda a expedição de uma guia de transporte por parte do Exército, que deve sair ainda nesta sexta.
"Para transitar com uma arma, você precisa ter autorização do Exército. A despeito da ordem do TCU, você precisa ter uma autorização do Exército. Está em processamento, acredito que saia ainda hoje", disse o advogado Paulo Cunha Bueno, ao g1.
Apreensão
Outras joias avaliadas em R$ 16,5 milhões chegaram ao Brasil em 2021, com a comitiva do Ministério de Minas e Energia (MME), à época comandado por Bento Albuquerque. Os acessórios foram transportados na mochila de um militar, então assessor do ministro, que teria tentado se utilizar do cargo para liberar as joias.
As joias seriam um presente do governo da Arábia Saudita para a e-primeira dama Michelle Bolsonaro. Apreendidas na chegada da comitiva no aeroporto de Guarulhos, por agentes da Receita Federal, as joias, contudo, não foram declaradas como presente para o Estado brasileiro.