O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, declarou nesta quinta-feira (23/3) que "quem ajudou o crime organizado no Brasil foi quem fez uma política criminosa de liberação das armas". Dino rebateu os ataques da oposição, que usam notícias falsas para vincular o atual governo ao crime organizado. Os ataques aumentaram após operação da Polícia Federal deflagrada ontem que desmantelou um plano do PCC para sequestrar autoridades.
"Nós temos muitas distinções em relação a essa extrema-direita desvairada. Uma das distinções que nós temos é que nós somos sérios", declarou Dino no lançamento da "Estratégia Nacional de Acesso a Direitos para Mulheres na Política sobre Drogas", nesta manhã.
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"A nossa política é ampla. Ela não passa para combater mais uma dessas interdições que a extrema direita quer criar. Por nenhum tipo de concessão ao crime organizado. Quem ajudou o crime organizado no Brasil foi quem fez uma política criminosa de liberação de armas no país para fortalecer as quadrilhas, as facções", afirmou ainda o ministro, referindo-se à política de flexibilização do acesso às armas promovida pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) e defendida por setores da direita.
"Essa gente que é amiga de quadrilheiro, não somos nós não. Nós estamos fazendo a política séria de entender que não é matando as pessoas que se resolvem problemas sociais, econômicos e políticos", frisou Dino.
Medidas para mulheres
Nesta manhã, em evento no Palácio da Justiça, o ministério lançou um grupo de trabalho para discutir medidas voltadas para as mulheres no âmbito da política sobre drogas do governo federal, além do edital Fortalecendo Coletivos, que vai destinar até R$ 6 milhões para apoiar organizações da sociedade civil que atuam em prol das mulheres afetadas pelo uso de drogas ou pelo tráfico.