O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu, ontem, críticas à falta de novas propostas em seu terceiro mandato. Segundo o chefe do Executivo, os 100 primeiros dias de governo, a serem completados em 10 de abril, estão voltados à reconstrução de programas que foram "desmontados" nos últimos anos.
"Hoje (ontem), completamos 80 dias de governo. Nesses 80 dias, não temos feito outra coisa a não ser tentar recuperar tudo aquilo que tinha sido feito de bom, que tinha dado certo e que foi destruído", ressaltou, durante evento de relançamento do programa Mais Médicos, no Palácio do Planalto. "É como se você voltasse para a sua casa de férias e tivesse dado um terremoto. Ou seja, teria de colocar cada peça em seu lugar outra vez para saber se ia melhorar ou comprar outra. É o que estamos fazendo. Assumimos o compromisso de, nesses primeiros 100 dias, fazer um levantamento da realidade deste país."
Lula afirmou que seu governo descobriu "o grau de destruição ao qual o país foi submetido nesses últimos seis anos". "E a nossa tarefa, ao invés de ficarmos falando mal de quem destruiu, é tentar preparar o país para o próximo período. Vamos completar 100 dias de governo, vamos anunciar tudo que já fizemos de recuperação do país. Ainda temos algumas políticas para anunciar nesta semana", destacou.
Ele citou uma agenda no Recife para a retomada do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), além de ida ao Rio de Janeiro, onde deverá assinar nova Lei Rouanet, com investimento de cerca de R$ 1 bilhão.
O petista reforçou, ainda, que após os 100 dias será preciso atender também a população da classe média. "Quando tivermos completado 100 dias, já teremos recolocado na prateleira todas as políticas públicas que criamos e deram certo. A partir dos 100 dias, vai começar uma nova etapa", frisou. "Vamos ter de começar a fazer coisas novas, para nos dirigir um pouco à classe média brasileira, porque, no fundo, no fundo, ela tem sofrido muito com os desgovernos deste país."
O chefe do Executivo reiterou a necessidade de investimentos no país. "A gente vai ter que falar muito e investir muito para gerar empregos. E para gerar empregos, é preciso a gente ter investimento", argumentou. "É preciso a gente ter crédito. E para ter crédito, a gente vai precisar utilizar os bancos públicos para financiar o desenvolvimento deste país", finalizou.
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