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'Nossa função é fiscalizar como o dinheiro é gasto', diz Bia Kicis

Apoiadora de primeira hora de Jair Bolsonaro, deputada Bia Kicis promete rigor na presidência da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara. Parlamentar também comentou a trajetória pessoal em Brasília

À frente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, a deputada Bia Kicis (PL-DF) promete analisar com lupa todas as contas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A afirmação foi feita ontem, durante a gravação do Podcast do Correio. Segundo a parlamentar, a fiscalização rigorosa não é somente parte da atuação como oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas uma necessidade de controlar os gastos feitos, segundo ela, por um partido (o PT) que tem um histórico de relações duvidosas com o dinheiro público.

"A nossa função é fiscalizar como o dinheiro é gasto no Palácio do Planalto, nos ministérios, nos bancos públicos e nas estatais. Tenho certeza que vamos ter muito trabalho, dado ao histórico dos governos do PT, farto em malversação em dinheiro público, corrupção e desvios", criticou.

Indagada sobre os dois conjuntos de joias presenteados pelo governo saudita a Jair Bolsonaro e à ex-primeira-dama Michelle, evitou de aprofundar o assunto. Disse que está se inteirando e que acompanha os movimentos dos organismos encarregados de apurar o caso.

Sobre o retorno do ex-presidente ao Brasil — cuja data foi adiada pelo menos três vezes —, considera que ele deveria ficar mais tempo nos Estados Unidos. "Deveria ficar mais porque está sendo muito procurado por jornalistas, por gente de mídia muito grande lá, que quer ouvi-lo. É uma oportunidade para falar lá fora, para ser ouvido e contar a versão dele da história", sugeriu.

O Podcast com Bia Kicis não versou apenas sobre política e a situação atual do país. Também deu oportunidade para que a deputada — carioca de nascimento e brasiliense por adoção — explicasse a participação em um bar punk na capital. "Tenho cinco vidas em uma. Gostava de conhecer gente, mudar de colégio. Durante um verão, resolvi trabalhar no Disk Amizade, que as pessoas ligavam e conversavam. Fiz amigos e até criamos o Radical, que virou um reduto do rock em Brasília. A ideia era ter um bar que não fechava — Capital Inicial, Renato Russo e Plebe Rude tocaram lá. Reunia toda a meninada da época, pessoal de cabelo azul, filho de diplomata, filho de professor da UnB, motoqueiro. Era uma farra boa", disse.

A conversa, conduzida pelos jornalistas Denise Rothenburg e Carlos Alexandre de Souza, está disponível nas plataformas de streaming.

*Estagiária sob a supervisão de Fabio Grecchi

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