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Ex-ministro Eliseu Padilha morre aos 77 anos, vítima de câncer de estômago

Padilha estava internado, em Porto Alegre, em estado grave; velório será na quarta-feira (15/3), aberto ao público

O ex-ministro e advogado Eliseu Lemos Padilha morreu, na noite desta segunda-feira (13/3), aos 77 anos. Ele estava internado no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, em estado grave e não resistiu às complicações decorrentes de um câncer de estômago.

De acordo com comunicado divulgado pela família, o velório será na quarta-feira (15/3), das 10h às 17h, no Palácio Piratini, em Porto Alegre. Em seguida, o corpo será levado ao Angelus Memorial e Crematório para uma cerimônia restrita aos familiares.

Padilha deixa esposa, Simone Camargo, seis filhos e cinco netos. O ex-ministro é natural de Canela, no Rio Grande do Sul, graduado em direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos e, atualmente, estava atuando como advogado e empresário.

O ex-político tem extenso histórico ligado à política brasileira e a governos passados. Ele foi prefeito de Tramandaí, no litoral norte gaúcho, entre 1989 e 1993. Depois disso, atuou como deputado federal pelo Rio Grande do Sul durante quatro mandatos, se tornando um dos parlamentares mais influentes da Câmara dos Deputados.

Ao longo da carreira atuou também como secretário do estado de Negócios do Trabalho, Cidadania e Assistência Social do Rio Grande do Sul; ministro do Transporte durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB); ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil no governo de Dilma Rousseff (PT); ministro-chefe da Casa Civil no mandato de Michel Temer (MDB) e presidente nacional da fundação Ulysses Guimarães.

Padilha chegou a ser, em 2022, o deputado federal mais votado do Rio Grande do Sul, mas, próximo ao fim de sua carreira política, acabou se envolvendo em escândalos de corrupção. Em 2016, o ex-político foi acusado pelo ex-advogado-Geral da União, Fábio Medina Osório, de querer abafar a Operação Lava Jato e, em acordo de delação premiada, no mesmo ano, o ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, citou o então ministro 45 vezes. Em 2017, ele chegou a ser denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) por envolvimento em corrupção, mas foi absolvido.

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