O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, destacou a importância de firmar contratos setoriais para que o recebimento de benefícios sociais, como o Bolsa Família, não sejam um empecilho para o emprego formal. “A gente tem constatado que, ao propor a contratação formal, temos resistência das pessoas por estarem no cadastro do Bolsa Família”, afirmou o ministro, citando como exemplo os contratos temporários durante a safra. A declaração foi dada em almoço da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE).
Marinho sugeriu um processo de rastreio da contratação formal, para que as famílias não se prejudiquem. “Precisamos firmar um contrato com setor empresarial e trabalhadores, para que o trabalhador, ao assinar contrato de trabalho, não saia do cadastro e sim interrompa pagamento do Bolsa Família. E o ministério, no momento que encerrar o contrato, volte a pagar o benefício”, propôs. “Esse é o desafio que queremos implementar e queremos a ajuda dos senhores no processo de formação de opinião”, acrescentou.
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A frente parlamentar, grupo multipartidário, é destinada ao debate de assuntos de interesse da classe empreendedora. O presidente do grupo, deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP), informou que, devido à relevância do tema, os próximos quatro encontros serão dedicados à discussão sobre a reforma tributária.
No dia 4 de abril, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participará da reunião da Frente.
Nesta última segunda-feira (6/3), os membros da Frente estiveram reunidos com Haddad em conjunto com os parlamentares membros do Grupo de Trabalho (GT) que discute a reforma. “De acordo com toda a logística implantada é para (a reforma) ser votada em maio”, disse Bertaiolli.
Na presença do ministro, o deputado federal Danilo Forte (União-CE) destacou a preocupação com o combate ao desemprego e desenvolvimento econômico.
“O Brasil passa por uma crise muito grande, diante da perspectiva inflacionária. Estamos tendo uma contradição grande hoje, onde em 11 estados temos mais gente inscrita nos programas sociais do que trabalhando com carteira assinada. Muita gente deixa de trabalhar por conta da concorrência do benefício social. Para não perder o benefício prefere trabalhar sem carteira assinada, e com isso as empresas vão perdendo a competitividade. Isso afeta também na produtividade, um trabalhador sendo mal remunerado também não tem toda a energia e vontade de uma eficiência na sua produtividade”, avaliou o deputado.
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