A ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta segunda-feira (6/3) que o advogado Cristiano Zanin ter atuado na defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não o invalida como candidato a uma vaga no STF. A magistrada frisou ainda que a história da Corte "nunca se marcou pela circunstância de a indicação ter sido desse ou daquele presidente".
"Eu não acho que a circunstância de ele ter sido advogado do presidente de alguma forma comprometa o indicado ou eventual novo ministro", respondeu a ministra em participação no programa Roda Viva, da TV Cultura. Zanin defendeu Lula nos processos da Operação Lava-Jato, e atuou também durante as eleições do ano passado.
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"A circunstância de passar pelo Executivo, ou pela ligação, como os próprios advogados, desde sempre de forma alguma macula o indicado ou indicada. Acho que a discussão tem que ser: a Constituição está sendo cumprida? A Constituição diz que o ministro deve ter notório saber jurídico e reputação ilibada, e esse advogado tem e já demonstrou. Ele e muitos outros nomes que são lembrados", acrescentou Carmen Lúcia.
A entrevista com a magistrada foi a primeira de uma série voltada ao Mês da Mulher, celebrado em março. A ministra foi entrevistada por uma bancada formada apenas por mulheres, incluindo a colunista do Correio Denise Rothenburg.
Carmen Lúcia citou ainda outros "grandes nomes" do STF que também tinham ligação com o Executivo ou atuaram na administração pública, como Victor Nunes Leal, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. "A história do Supremo nunca se marcou pela circunstância de a indicação ter sido desse ou daquele presidente", declarou.
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