A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) publicou, nesta terça-feira (28/2), um pedido desculpas às famílias de Bruno Pereira e Dom Phillips, pelo teor da nota publicada sobre o caso durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O indigenista brasileiro e o jornalista inglês foram assassinados no Vale do Javari, na Amazônia, em junho do ano passado.
Na nota publicada na época do desaparecimento das vítimas, a fundação do índio afirmou que a dupla teria entrado no Vale do Javari sem autorização dos indígenas. Essa consideração foi emitida cinco dias após as famílias de Bruno e Dom ficarem sem notícias sobre eles.
“Hoje, a Funai se retrata e pede desculpas por esse capítulo lamentável de sua história. Afirmamos a importância do trabalho da Univaja, organização indígena cuja colaboração é fundamental para a proteção e promoção dos direitos indígenas na região do Vale do Javari e sem a qual os assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips não teriam sido, pelo menos em parte, solucionados. Foram os indígenas do Javari que localizaram o ponto exato dos crimes e forneceram informações cruciais para que as investigações pudesse se aprofundar”, diz a nota da Funai.
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No ano passado, a Funai também afirmou que levaria ao Ministério Público Federal um pedido de investigação contra a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). Esse grupo foi o primeiro a denunciar o desaparecimento de Bruno e Dom.
Segundo a fundação, a Univaja teria facilitado a suposta incursão ilegal da dupla. No entanto, a dupla estava fora dos limites da terra indígena quando faziam a viagem e quando foram mortos.
No crime, três pessoas foram denunciadas por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
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