O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar os atos terroristas de 8 de janeiro, nesta quinta-feira (30/3) em entrevista à Jovem Pan, e definiu seus apoiadores como pacíficos.
“Foi um movimento espontâneo por parte da população, que resolveu ir para a porta dos quartéis por uma questão de segurança. O episódio do dia 8 (de janeiro) vai ser esclarecido via CPMI, que, num primeiro momento, o Lula e seus políticos queriam. Dois dias depois conseguiram as assinaturas e se gabaram ‘olha conseguimos, vamos agora enterrar a direita’. Poucos dias depois, viram que não foi bem assim aquela história”, comentou o ex-presidente.
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De volta ao país após 90 dias nos Estados Unidos, Bolsonaro afirmou que reprova o que foi feito aos prédios-sede dos Três Poderes e questionou a razão do governo não querer instaurar a CPMI. “Ninguém concorda com essa invasão. Pelas informações que nós temos, aquilo foi preparado algumas horas antes. Ouvi ontem o Marcos do Val falando no Senado como se comportou a segurança naquele dia.”
“Por que o PT, o governo não quer a CPMI? O que ele tem a temer? Tem documentos ou não tem? Os documentos são da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) ou da Polícia Federal? A PRF acompanhou as movimentações pelo Brasil ou não?”, perguntou.
Questionado se há arrependimento por não ter se posicionado publicamente sobre os acampamentos em frente aos Quartéis do Exército, o ex-chefe do Executivo rebateu dizendo que não manda em ninguém.
“Se você quisesse que eu desse uma ordem, primeiro que eu não mando em ninguém. Nem em casa eu mando, que dirá na opinião pública como um todo”, esquivou-se Bolsonaro. “Nosso pessoal não fez, no meu entender, nada que desabonasse, que infringisse a lei. Tinham pessoas que participavam antes daqueles eventos.”
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