"Líder de pé de barro"

Chegada de Bolsonaro a Brasília "flopou", diz Alexandre Padilha

O ministro das Relações Institucionais declarou nesta quinta (30/3) ainda que senadores da oposição demonstraram, nesta manhã, disposição para dialogar sobre o marco fiscal

Victor Correia
postado em 30/03/2023 11:03
 (crédito: Antonio Cruz/Agência Brasil)
(crédito: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, declarou nesta quinta-feira (30/3) que a chegada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a Brasília “flopou”. E classificou o rival como “líder de pé de barro”. As declarações foram dadas em coletiva de imprensa no Senado Federal após reunião com líderes da Casa para discutir a tramitação do novo marco fiscal. Aliados do ex-presidente também participaram do encontro.

“Quem quiser voltar a criar o ambiente de conflito que existia no governo anterior vai se dar mal. Não vai ter sucesso. Vai flopar. Como flopou a recepção no aeroporto hoje do ex-presidente, que voltou ao ao país depois de ter fugido do país. Flopou”, declarou o ministro durante a coletiva.

“Mais uma vez ele (Bolsonaro) demonstrou que ele é um líder de pé de barro, quando fugiu do país, e agora fez uma semana inteira de mobilização. Ele flopou a recepção no aeroporto”, acrescentou Padilha.

O ex-presidente desembarcou em Brasília por volta das 6h40 e foi recebido por aliados e parlamentares da oposição. Apesar das preocupações com segurança e possíveis tumultos, o número de bolsonaristas no aeroporto e na sede do PL ficou aquém do esperado.

"Desligamos a máquina de gerar conflito"

Segundo Padilha, alguns dos aliados de Bolsonaro que foram à recepção do ex-presidente, na sede do PL, estavam presentes na reunião de líderes do Senado e demonstraram abertura ao diálogo quanto à apresentação do novo arcabouço fiscal. Entre os senadores presentes estavam o presidente do PP e ex-ministro de Bolsonaro, Ciro Nogueira (PP-PI), o líder da minoria na Casa, Rogério Marinho (PP-RN), e o ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS).

“Aquela postura de gerar conflito existia no Palácio do Planalto, no terceiro andar do presidente da República do governo anterior. Uma máquina permanente de gerar conflitos com o Congresso, com o Judiciário, com a sociedade, com governadores e prefeitos. Nós desligamos definitivamente esta máquina”, garantiu Padilha.

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