Deputados do União Brasil, PL, Novo e Podemos apoiam a denúncia de crime de responsabilidade proposta pelo deputado Kim Kataguiri (União/SP) contra o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flavio Dino (PSB). O documento a ser protocolado na Procuradoria Geral da República (PGR), somava, até as 20h30 desta quarta-feira (29/3), dez sinalizações. Até o mesmo horário, a denúncia não havia sido oficializada.
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O gabinete do parlamentar diz que Kim Kataguiri vai esperar a adesão de mais congressistas. Na denúncia, parlamentares vão sustentar a tese de que o ministro sabia que os atos de 8 de janeiro aconteceriam. O documento traz ofícios do gabinete da PF endereçado ao ministério e do ministério ao governador Ibaneis Rocha (MDB-DF).
Nota da assessoria de Kim argumenta que existe “um documento assinado pelo diretor-geral da Polícia Federal, delegado Andrei Augusto Passos de Rodrigues, e endereçado ao ministro Flávio Dino no dia 7 de janeiro, alertando sobre os atos antidemocráticos ocorridos no dia seguinte”.
Em reunião nesta terça-feira (28/3) da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Dino negou que tenha sido avisado. “Inventaram que eu recebi um informe da Abin, que é tão secreto que ninguém nunca leu, nem eu mesmo. Por quê? Por uma razão objetiva: eu jamais o recebi”.
No ofício, segue a nota, “o delegado alerta o ministro sobre ações hostis e danos contra os prédios dos Ministérios, do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e, possivelmente, de outros órgãos como o Tribunal Superior Eleitoral. Há informações, inclusive, de indivíduos armados fazendo a 'segurança' dos manifestantes, bem como inúmeros indivíduos dispostos a enfrentar as Forças de Segurança [...]”.
Na denúncia, o deputado vai sustentar que duas horas após o envio do documento, Dino enviou um ofício ao governador do DF, Ibaneis Rocha, pedindo apenas que “bloqueasse a circulação de ônibus de turismo nos perímetros entre a Torre de TV e a Praça dos Três Poderes”.
A tentativa de oficializar denúncia surge um dia antes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltar ao Brasil. A chegada está marcada para ocorrer no início da manhã desta quinta-feira (30/3). Bolsonaro é acusado formalmente de incitar os atos que destruíram prédios do Congresso, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).
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