Na reunião desta terça-feira (28/3), no Palácio da Alvorada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que já tinha solicitado a Fernando Haddad, ministro da Fazenda, que marcasse a data de ir ao Senado para explicar a parlamentares a proposta do arcabouço fiscal.
O “aviso” sinaliza alinhamento do petista com Pacheco, bem como uma tentativa de preparar o terreno de maneira pacífica para que senadores possam se sentir incluídos no projeto que vai tramitar no Congresso Nacional. Na semana passada, Haddad e Pacheco já haviam entrado em consenso para o compromisso, para o pós-China. A viagem porém não aconteceu por conta da saúde de Lula.
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O encontro vai ocorrer nesta quinta-feira (30), às 9h, em mais uma pauta da reunião do colégio de líderes, que voltou a acontecer às quintas, para dar mais previsibilidade aos parlamentares. A agenda também deve deliberar sobre a demanda do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que deseja mudar a regra da proporcionalidade e ampliar para 36 o total de deputados nos colegiados que analisam Medidas Provisórias (MPs).
No compromisso desta terça-feira, um convite de Lula a Pacheco, o presidente da República sinalizou estar ao lado do senador eleito por Minas Gerais na reinstalação das comissões, ao defender que a Constituição Federal seja seguida. Lula pediu que o parlamentar chegasse a um consenso com Lira, levando em conta as determinações legais, e reiterou seu discurso de campanha: que a independência dos Poderes seja preservada.
Pacheco, por sua vez, manifestou ser contrário à alta taxa de juros, determinada pelo Banco Central. A ponderação é um avanço de suas declarações dadas no começo de fevereiro, quando focou em ponderar a continuidade da autonomia do BC. Na conversa no Alvorada, Lula pediu ao presidente do Senado ainda que garantisse um ambiente favorável ao arcabouço jurídico do país, lido como o conjunto de leis e normas que embasam as demais dentro do ordenamento jurídico brasileiro.
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