Presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) declarou nesta terça-feira (28/3) que o Banco Central, com a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada hoje, "faz chantagem sobre a regra fiscal". Segundo a autoridade monetária, um arcabouço fiscal "sólido e crível" pode ajudar a baixar a taxa de juros no futuro, mas a Selic, taxa básica de juros, segue no patamar de 13,75%.
"A arrogância do Banco Central de [Paulo] Guedes e Bolsonaro não tem limites: querem desacelerar ainda mais a economia e manter os juros na estratosfera. O Brasil que se dane, segundo o Copom. E ainda fazer chantagem sobre a regra fiscal. O Brasil não merece isso", escreveu Gleisi em sua conta no Twitter.
Arrogância do BC de Guedes e Bolsonaro não tem limites: querem desacelerar ainda mais a economia e manter juros na estratosfera. O Brasil que se dane, segundo o Copom. E ainda fazem chantagem sobre regra fiscal. O Brasil não merece isso
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) March 28, 2023
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Logo depois, a presidente do PT voltou a comentar a ata, citando a queda dos preços de alimentos importantes da cesta básica, como as carnes, demonstrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
"Notícia sobre a inflação baixando, em especial da comida para o povo, é mais um motivo para o Banco Central mudar essa política monetária austericida. Temos o maior juro do mundo e a maior queda da inflação entre países do G20. Até quando, Campos Neto?", questionou Gleisi.
Notícia sobre a inflação baixando em especial da comida pro povo é mais um motivo pro BC mudar essa política monetária austericída. Temos o maior juro do mundo e a maior queda da inflação entre países do G20. Até quando, Campos Neto?
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) March 28, 2023
Gleisi lidera a ala política do PT e é uma das maiores críticas do atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e da manutenção das altas taxas de juros. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por outro lado, evitou criticar o Banco Central, após a divulgação da ata, e declarou que o documento trouxe "termos mais condizentes com as perspectivas de harmonização" do que o comunicado emitido na semana passada.
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