Operação Sequaz

Pimenta critica decisão de juíza de suspender sigilo de operação contra PCC

O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, afirmou nesta sexta (24/3) que a decisão atrapalha o inquérito e questionou se o objetivo era "ajudar a narrativa de um amigo"

Victor Correia
postado em 24/03/2023 09:47 / atualizado em 24/03/2023 09:47
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, criticou nesta sexta-feira (24/3) a decisão da juíza Gabriela Hardt de suspender o sigilo da operação da Polícia Federal que desmontou um esquema do PCC para atacar autoridades, entre elas o senador e ex-ministro da Justiça Sergio Moro (União-PR). Segundo Pimenta, a magistrada tomou a decisão "sem combinar com a PF". Ele questionou ainda se a ação foi feita para "ajudar a narrativa de um amigo".

"A juíza Gabriela Hardt, da 9ª Vara Federal de Curitiba, tirou o sigilo de documentos da operação que prendeu membros do PCC. Isso ajuda na investigação e nas ações contra essa poderosa organização criminosa? Qual o objetivo da juíza em retirar o sigilo?", escreveu o ministro em sua conta no Twitter.

Juíza atuou com Moro na Lava-Jato

A juíza Gabriela Hardt é responsável pela ordem de prisão emitida contra os suspeitos de organizar o ataque contra Moro e outras autoridades. Ela atuou junto com o ex-juiz na 13ª Vara Federal de Curitiba, e atuou na Operação Lava-Jato. A magistrada chegou a interrogar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2018, quando ele estava na prisão. Hardt suspendeu ontem o sigilo da Operação Sequaz após fala de Lula dizendo que o plano do PCC poderia ser "mais uma armação" do senador.

Para Pimenta, a decisão da juíza expõe e atrapalha as investigações da Polícia Federal. O ministro frisou ainda que considera a operação importante e defendeu que o inquérito não pode ser "'capturado' por interesses pessoas de ninguém". 

"Uma juíza retirar o sigilo de um inquérito sensível e perigoso que ainda está em curso, sem combinar com a PF que está no comando da investigação ajuda no quê? Tudo isso para ajudar a narrativa de um amigo? Vocês acham normal? Não se indignam?", questionou o ministro.

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