Deputada federal eleita por São Paulo, Rosangela Moro (União Brasil-SP) era um dos possíveis alvos de criminosos que planejavam ataques contra a parlamentar e sua família, tendo como alvo principal o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), com quem é casada. Ao Correio, a deputada falou sobre as expectativas do desdobramento da operação da Polícia Federal realizada nesta quarta-feira (22/3), disse que quer ser relatora do projeto de Moro sobre endurecimento a penas contra pessoas que atrapalhem investigações em curso (protocolada nesta quarta) e justificou a tentativa de ataque como consequência da atuação do ex-ministro de Justiça e Segurança Pública — e não como de falas polêmicas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Como a senhora espera que a investigação prossiga?
Espero que as instituições cumpram seu papel e as pessoas respondam pelos crimes. O mais importante disso tudo é refletirmos sobre o país que queremos e fazer algo. Queremos que os próximos juízes, promotores, ministros, senadores continuem sendo ameaçados e a população continue se sentir segura?
Quando vai começar a atuar no projeto do senador Sergio Moro?
Eu vou conversar com os pares e gostaria de ter a relatoria do projeto quando ele chegar à Câmara. É um projeto suprapartidário, a questão de ameaça a um senador da república e sua família reflete em todos e é uma ameaça que poderia ser com qualquer um. É o que eu disse mais cedo. Poderia ser com qualquer um e seus filhos.
A segurança da senhora será reforçada?
Desde pouco antes da posse, nós tivemos a segurança reforçada pela Polícia da Câmara dos Deputados, a quem eu agradeço demais. O presidente Arthur Lira se prontificou rapidamente quando as autoridades foram informadas e agradeço a dedicação da equipe.
A senhora atribui as ameaças a falas do presidente Lula ou defende que ocorreram em razão do trabalho do senador enquanto foi ministro?
Eu vejo como uma retaliação do crime organizado à atuação do Sergio como juiz no combate ao crime organizado. Retaliação às instituições que combatem o crime e por isso é tão importante trabalharmos pela segurança das pessoas que estão realizando o trabalho à frente das instituições.
Quais os aprendizados dessa situação?
Que precisamos olhar para frente e trabalhar para combater o crime organizado. Nossos sonhos serão os promotores, juízes, policiais de amanhã e não queremos que eles vivam essas ameaças em retaliação ao trabalho deles. Trabalharemos para fazer diferente.
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