O deputado federal Alberto Fraga (PL) afirmou acreditar que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, atenda a algumas das propostas da Frente Parlamentar da Segurança Pública da Câmara dos Deputados, conhecida como ‘bancada da bala’. Em entrevista à colunista Denise Rothenburg, no CB.Poder - programa do Correio, em parceria com a TV Brasília -, o parlamentar, que é o novo presidente da frente, ainda disse que o governo tentou impedir que a reunião feita ontem à noite (21/3) com a bancada, de fato, ocorresse.
Entre os principais pontos que os parlamentares levaram para o ministro, está o tempo de recadastramento das armas, que atualmente é de 60 dias, conforme um decreto que passou a vigorar a partir do dia 1º de janeiro deste ano. O deputado afirmou que o tempo atual é muito curto, trazendo um exemplo de 2003, quando o mesmo processo poderia ser feito em até 6 anos.
“Acredito que ele vá prorrogar (o prazo). Nós propusemos que ele dilatasse um pouco esse prazo. Nós não somos contra o recadastramento”, defendeu.
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Outro ponto que é defendido pela bancada da bala é uma atenção especial aos lojistas que comercializam armas de fogo. Como explica o deputado Fraga, 80% dessa categoria se encontra na inadimplência atualmente. “Cento e cinquenta mil demissões já aconteceram nesse setor. Despachantes, instrutores, empregados das lojas. É uma cadeia que está sendo mexida”, explanou.
Além disso, outra questão levantada pela frente na reunião é a permissão para que as armas vendidas até 31 de dezembro de 2022 sejam liberadas das lojas. Para quem comprou armas de fogo até esse dia, ainda não há a possibilidade de retirar o produto, que está retido obrigatoriamente nas lojas.
“Ele (Dino) disse que viu isso com muita simpatia, o que eu gostei é que ele não se considerou o ‘dono da verdade’, disse que ia analisar ponto a ponto, e que iria nos dar uma resposta na terça-feira (28)”, afirmou o deputado.
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