Organização criminosa

Sergio Moro: 'Preço alto a se pagar pelo trabalho contra crime organizado'

O ex-juiz e senador da República confirmou que foi informado de um plano para matá-lo no fim de janeiro deste ano

Mariana Costa - Estado de Minas
postado em 22/03/2023 15:18
 (crédito: Saulo Rolim/Podemos)
(crédito: Saulo Rolim/Podemos)

O senador Sergio Moro (União-PR) confirmou, nesta quarta-feira (22/3), que foi informado do plano de uma organização criminosa para sequestrá-lo e matá-lo. “Isso foi assustador para mim e para a minha família. É um preço, infelizmente, alto a se pagar pelo trabalho que fizemos ao crime organizado, não só como juiz, mas também como ministro da Justiça”, disse o parlamentar em entrevista à Globonews.

O ex-juiz completou dizendo que foi "muito rigoroso, na forma da lei, contra a criminalidade organizada".

Investigação preliminar

Moro disse que ficou sabendo da investigação, no fim de janeiro deste ano. Além dele e de sua família, a organização tinha como alvos outras autoridades.

“Fui informado no final de janeiro, que haveria um plano dessa organização criminosa, PCC, para sequestro e assassinato da minha pessoa e da minha família, igualmente de outras autoridades públicas, outros agentes.”

O senador afirmou que, na época, a investigação estava em fase preliminar. “Naquela ocasião, a primeira preocupação foi que tivéssemos a segurança estabelecida. Isso foi feito pela Polícia Legislativa do Senado e da Câmara.”

Moro aproveitou para agradecer aos presidentes das respectivas casas legislativas, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL). O senador agradeceu ainda as Polícias Militares de São Paulo e do Paraná.

Moro afirmou que as investigações continuaram na Polícia Federal e no Ministério Público de São Paulo.

A informação da Polícia Federal é que a organização pretendia realizar ataques contra agentes públicos - incluindo homicídios e extorsão mediante sequestro - em cinco estados: Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná.

Conforme as investigações, os policiais identificaram que os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea, e os principais investigados se encontram nos estados de São Paulo e Paraná.

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