Banco Central

Lula aprovou indicação dos novos diretores do BC, diz Rui Costa

Ministro da Casa Civil afirmou que escolha do titular da Fazenda, Fernando Haddad, foi aprovada por Lula, que deve anunciar os novos nomes

Henrique Lessa
postado em 22/03/2023 16:03 / atualizado em 22/03/2023 16:06
 (crédito: Evaristo Sa / AFP)
(crédito: Evaristo Sa / AFP)

Sem divulgar nomes, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta quarta-feira (22/3) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já aprovou as indicações feitas pelo titular da Fazenda, Fernando Haddad, para a diretoria do Banco Central (BC).

“Haddad escolheu, e o presidente ratificou os nomes”, disse Rui em conversa com jornalistas. Questionado sobre quem eram os indicados, Costa reforçou que caberá ao presidente Lula anunciar, ou delegar para Haddad fazer a divulgação, antes dos escolhidos serem submetidos para a aprovação do Senado Federal.

O mandato de dois membros do colegiado que dirige a instituição terminou em 28 de fevereiro. Serão indicados nomes para as diretorias de Política Monetária e de Fiscalização. Fontes apontam o profissional de mercado Rodolfo Fróes para a Política Monetária, e o servidor de carreira do BC Rodrigo Monteiro na Fiscalização.

Fróes, que deve substituir o atual diretor, Bruno Serra Fernandes, atuou no Bank of America e foi do conselho do Banco Fator, onde trabalhou com o atual secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, que presidiu a instituição.

Já Monteiro, que é servidor de carreira, pode substituir Paulo Souza, também originário do quadro. A escolha de Monteiro acalma setores da instituição que temiam a captura, pelo mercado financeiro, exatamente da diretoria responsável pela fiscalização e controle dos bancos e dos demais agentes do mercado.

As nomeações devem fortalecer a posição do governo dentro do BC pela redução na taxa básica de juros, a Selic, hoje fixada em 13,75% ao ano, o que configura a taxa básica real mais elevada do mundo. Com a escolha dos dois nomes, possivelmente mais alinhados ao atual governo, a expectativa é que aconteçam divergências nas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), com os novos indicados pregando pela redução dos juros.

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