O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP) defenderam, na tarde desta quarta-feira (22/3), medidas que ampliem a segurança de autoridades, endurecendo as penalidades contra criminosos. Os parlamentares deram entrevista à Globo News no mesmo dia em que foi deflagrada operação da Polícia Federal que investiga planos de morte contra o casal e outros agentes públicos.
“Temos de ser rigorosos, com uma lei dura contra o crime organizado”, defendeu o senador. Ele afirmou que sairá em busca de apoio suprapartidário para um projeto de lei (PL) de sua autoria, ainda não protocolado no Senado. Na entrevista, Moro teceu críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acrescentando que o governo federal “faria melhor se investisse recursos em tecnologia, equipamentos e estratégias” para a área.
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“Precisamos ter um contínuo melhoramento das políticas públicas no país. Precisamos aprovar uma legislação compatível com essas necessidades atuais. Temos que tomar cuidado com a politização. Quando você combate a corrupção, tentam te matar com mentiras. Quando você combate o crime organizado, eles tentam te matar de verdade”.
O ex-juiz da Lava Jato, que evitou falar da operação judicial, defendeu sua gestão, ocorrida entre 2019 e 2020, à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), quando foi ministro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “(Fomos) Extremamente eficientes contra o crime organizado, o que vimos no governo anterior. A criminalidade violenta em todo país no ano na minha gestão como ministro caiu 19% com as ações que tomamos”.
Questionado sobre uma fala desta terça-feira (21/3) do presidente Lula em que o petista afirma que houve relação entre a Lava Jato e o Departamento de Justiça dos EUA, o senador chamou a declaração “faz parte do multiverso da loucura”. Moro se referiu também a falas de Lula, indiretamente, afirmando que “o presidente usa esse tipo de linguagem e acaba gerando violência”. “O Brasil não pode ser vencido pelo crime, seja no Rio Grande do Norte, seja nos fatos de hoje”.
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