A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, declarou nesta terça-feira (21/3) que as delegacias das mulheres "não podem ser castigo", e devem ser ocupadas por profissionais qualificados para atender vítimas de violência. Segundo ela, é preciso investir mais em preparação e aumentar a rede pública de apoio às mulheres na área da Segurança Pública.
"Nós precisamos trabalhar dentro de uma perspectiva que o perfil dos profissionais dentro da Segurança Pública, para trabalhar com a violência contra as mulheres, seja adequado. Não pode ser um castigo lá na delegacia, passou por todo os lugares e vai lá para a delegacia da mulher. Não serviu em outros lugares, vai lá, servir na delegacia da mulher", discursou a chefe da pasta em evento realizado nesta tarde pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública para debater a violência contra a mulher.
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Falta confiança
"O primeiro lugar [que a vítima busca ajuda] ainda é a mãe, a amiga, a família, a irmã. Isso mostra que o serviço publico não dá confiabilidade à mulher para que possa fazer a denúncia", declarou ainda Cida Gonçalves. Para ela, muitos profissionais da segurança não conseguem atender casos do tipo de forma adequada porque foram vítimas ou presenciaram casos de violência nas próprias famílias.
"Nós precisamos buscar perfis, nós precisamos trabalhar nessa perspectiva, porque só assim, de fato, nós vamos dar conta de fazer o atendimento adequado para essas mulheres", afirmou a ministra.
Ela disse ainda ser preciso expandir a rede de atendimento. "O número de delegacias especializadas não é o suficiente. Nós estamos aumentando o número de patrulhas Maria da Penha, mas não é suficiente. Nós precisamos ter profissionais qualificados e preparados nos temas", acrescentou.
Também estavam presentes no encontro a ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, Marina Silva, e o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino.
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