O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (21/3), que a guerra da Rússia na Ucrânia será um dos temas tratados durante sua viagem à China entre os dias 26 e 31 deste mês. A declaração ocorreu durante entrevista à TV 247. A delegação que acompanhará Lula na viagem às cidades de Pequim e de Xangai é recorde, de acordo com o Itamaraty, que informou a confirmação de, pelo menos, 240 empresários.
“Se depender de mim, vai entrar (nas discussões). O Brasil sempre trata os outros países com muito respeito. Eu acho que nosso protagonismo vai voltar, se a gente souber fazer as coisas que tem que ser feitas”, apontou.
“A Rússia não é um país qualquer, não é uma coisa insignificante, é muito importante para garantir que a paz no mundo prevaleça por muitos e muitos séculos. Agora, como está todo mundo envolvido, o Brasil disse textualmente ‘nós condenamos a invasão da integridade territorial da Ucrânia. Nós achamos que a Rússia não precisaria ter feito isso’. Mas fez. A guerra está lá já faz um ano, então agora é preciso encontrar alguém que comece a falar em paz, porque os EUA não estão falando em paz, a Europa não está falando em paz. Está todo mundo envolvido diretamente ou indiretamente naquela guerra”, continuou.
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"Eu vou conversar com o Xi Jinping. A China é um país extremamente importante, é um país que pode ter uma discussão mais séria com os Estados Unidos. O Brasil está à disposição para fazer qualquer esforço para garantir a paz.”
De acordo com Lula, a primeira coisa a se fazer “é parar a guerra”. “Depois, senta para conversar, para ver o que é possível acertar da relação entre os dois países. O que é suficiente para a Rússia parar e o que é suficiente para a Ucrânia aceitar? Isso tem que ser conversado, mas só depois que terminar a guerra”, afirmou.
O encontro de Lula com Xi Jinping ocorrerá poucos dias após a visita do líder chinês ao presidente russo, Vladimir Putin. Lula caracterizou o encontro como “uma grande novidade”.
“Já é uma grande novidade a China ter ido lá agora, porque é preciso que a gente pare todo mundo e fale: ‘vamos voltar a conversar’. E estou convencido de que o Brasil pode dar uma contribuição extraordinária para colocar fim à guerra e voltar à paz”, concluiu.
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