A Procuradoria-Geral da República denunciou, ontem, mais 150 investigados pelos atos golpistas do 8 de janeiro, sendo que 16 deles são acusados como executores das depredações — foram flagrados dentro do Palácio do Planalto no dia em que parte das dependências das sedes dos Três Poderes foram destruídas. Já os outros 134 denunciados são apontados como incitadores dos crimes e foram detidos no acampamento golpista montado em frente ao QG do Exército em Brasília.
Ao primeiro grupo, dos executores, são imputados crimes de associação criminosa armada; abolição violenta do Estado Democrático de Direito (golpe de Estado); dano qualificado contra o patrimônio da União; e deterioração de patrimônio tombado. Já os incitadores são acusados de incitação equiparada pela animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais e associação criminosa.
Com as novas denúncias, o número de acusados pelos atos golpistas chega a 1.187. Todos os alvos da mais recente leva de imputações da PGR estão em liberdade provisória, devendo cumprir medidas cautelares alternativas, como o uso de tornozeleira eletrônica.
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Avaliação colegiada
O Supremo Tribunal Federal (STF) ainda vai julgar o recebimento das denúncias apresentadas pela PGR, tornando réus os acusados. A decisão deve ocorrer de forma colegiada, ou seja, com pronunciamento de todos os integrantes da Corte. Ainda não há data para que ela ocorra.
Na quinta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, finalizou a análise de todos os pedidos de soltura feitos pelos detidos durante a ofensiva antidemocrática. Ao todo, seguem presos 294 investigados: 86 mulheres e 208 homens.
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