O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou nesta segunda-feira (20/3) que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pode esperar "total lealdade e parceria" da instituição, mas que não vai de deixar de dizer o que pensa sobre as decisões tomadas pelo governo federal. Mercadante declarou ainda que a era de "banco acanhado" acabou, e que o BNDES vai "debater, investir e impulsionar o crescimento do país".
"Nós estamos aguardando o novo arcabouço fiscal. O ministro Haddad pode esperar de mim e do banco total lealdade e parceria, ao contrário das especulações que são publicadas. Nós não estamos aqui por outra razão. Não temos expectativa de substituir ninguém e nem de competir", discursou Mercadante no seminário "Estratégias de Desenvolvimento Sustentável para o Século XXI", realizado na sede do BNDES, no Rio de Janeiro.
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"Agora, não nos peçam para deixar de dizer o que nós pensamos e ajudar o governo a acertar, a encontrar o melhor caminho, a buscar as melhores práticas. É para isso que nós estamos aqui. Esse banco esteve aqui historicamente e vai voltar. Aquele banco acanhado do BNDES acabou. Ele vai debater, vai investir e vai impulsionar o crescimento do país", acrescentou.
Também estavam presentes o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), a ministra da Gestão e Inovação dos Serviços Públicos, Esther Dweck, e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes.
A declaração ocorre na reta final para o governo apresentar o novo arcabouço fiscal. Segundo Alckmin, a entrega deve ocorrer "nos próximos dias". Haddad disse ainda que espera a apresentação nesta semana, antes da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China, no sábado.
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