investigação

Pichadora de estátua e homem que sentou na cadeira de Moraes vão para a cadeia

Moradora de Paulínia (SP) escreveu a frase "perdeu, mané" no monumento da deusa Têmis durante os atos golpistas de 8/1. Ela foi presa pela Polícia Federal. Outro detido é um homem que se sentou na cadeira de Moraes, retirada do plenário

Renato Souza
postado em 18/03/2023 03:55
 (crédito: Joedson Alves/Agencia Brasil)
(crédito: Joedson Alves/Agencia Brasil)

Em mais uma fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal para apurar os ataques de 8 de janeiro em Brasília, a corporação prendeu 32 suspeitos e cumpriu 42 mandados de busca e apreensão em nove estados e no Distrito Federal. Entre os alvos da oitava fase da ação, estão uma mulher que pichou a estátua da Justiça em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) e um homem que se sentou na cadeira do ministro Alexandre de Moraes, retirada do plenário da Corte.

Débora Santos foi detida em Paulínia (SP). Ela é suspeita de ter pichado a estátua da deusa Têmis com a frase "perdeu, mané", em referência a uma resposta do ministro Luís Roberto Barroso, do STF, a um bolsonarista, em Nova York, nos Estados Unidos. A mulher também postou vídeos em redes sociais debochando das autoridades após os ataques extremistas.

Com o avanço das investigações e após as primeiras prisões na mesma semana dos atentados, Débora Santos apagou as imagens. Porém, vídeos que circularam na internet e fotos feitas pela imprensa mostram o momento em que ela vandaliza o monumento. Nas mídias, a extremista aparece, também, mostrando as mãos sujas de tinta e comemorando a invasão do prédio da Corte com outros radicais.

Além de Débora Santos, foi preso Fábio Alexandre de Oliveira, o homem que se sentou na cadeira do ministro Alexandre de Moraes, retirada do plenário durante a invasão do Supremo. "Cadeira do Xandão, agora com irmão Fábio, já era", debochou, na ocasião. O radical é mecânico e foi detido em Penápolis (SP). Após o atentado, a cadeira, histórica, e outros objetos passaram por restauração.

Outro preso é Nelson Ribeiro Fonseca, que furtou uma bola assinada pelo jogador Neymar. O objeto estava no acervo da Câmara dos Deputados. Ainda em janeiro, ele entrou em contato com a Polícia Militar de São Paulo e informou que estava com a bola. Em sua defesa, alegou que não a entregou no dia dos atos golpistas em razão de confrontos que ocorriam na Esplanada dos Ministérios. Ele foi encontrado pela PF em Sorocaba (SP).

Já na Bahia, foi preso Josafá Ramos, ex-vereador da cidade de Feira de Santana. Nas redes sociais, o investigado compartilhou imagens da participação dele no acampamento golpista montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. Ramos também afirma ser integrante da Polícia Militar desde 1991 e ter servido no 35º Batalhão de Infantaria (35º BI) do Exército.

Os mandados de prisão preventiva foram cumpridos em Goiás, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo e no Distrito Federal. Do total, 13 foram cumpridos em São Paulo. O segundo estado com mais prisões foi Minas Gerais, com oito ao todo.

"Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido", informou a PF, em nota.

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