As três maiores companhias aéreas brasileiras manifestaram interesse em participar do programa Voa Brasil, com passagens a R$ 200 por trecho. O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, havia anunciado que Gol e Azul tinham "topado" fazer parte do projeto, mas, ontem, a Latam — segundo fontes da pasta — sinalizou que pode participar do programa, que foi antecipado pelo Correio Braziliense na entrevista com o ministro, publicada no domingo.
O programa, cuja elaboração está nas mãos do presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Juliano Noman — que assumirá a Secretaria de Aeroportos do Ministério dos Portos e Aeroportos —, prevê a intermediação do governo na compra vagas ociosas nos voos. Seriam beneficiados aposentados, servidores públicos e estudantes — todos teriam que apresentar um teto de renda de até R$ 6,8 mil. A divulgação do projeto causou mal-estar dentro do governo e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que devem ser submetidos à apreciação da Casa Civil antes de serem divulgados.
Segundo a Gol, a empresa disse que está "à disposição para contribuir com o governo na viabilização de um projeto que amplie ainda mais o acesso da população ao transporte aéreo" — e se propõe a participar de um grupo de trabalho sobre o tema. Da mesma forma, a Azul afirmou que "vê com bons olhos a iniciativa" e indicou que está em contato com o ministério para colaborar com o projeto.
Para a Latam, a proposta do programa vai na direção de aumentar as viagens de avião no país e que "está à disposição para analisar, propor e viabilizar iniciativas que continuem ampliando o acesso da população ao transporte aéreo".
As companhias consideram bem-vinda a iniciativa, em um momento que o setor aéreo está se recuperando da crise financeira causada pela pandemia de covid-19. Para as aéreas, é importante que o governo desenvolva políticas para o desenvolvimento do setor de turismo.
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