O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou, nesta quarta-feira (15/3), a autorização de ação da Força de Intervenção Penitenciária Integrada para se unir ao efetivo da Força Nacional que começou a ser deslocado ontem para o Rio Grande do Norte.
A intenção é que, enquanto os militares combatem as ações de violência, os responsáveis pelo sistema penitenciário façam transferências de líderes de facções para outros presídios no Brasil. Com isso, dificulte os comandos que têm eclodido na onda de violência enfrentada no estado desde a madrugada de segunda para terça-feira.
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“Nós temos essa ação que foi assinada agora pela manhã, que eu autorizei a presença, além da força nacional, da força de intervenção penitenciária, uma ação nova. Nós já tivemos as transferências de alguns líderes de facção e nós teremos outras transferências à medida que isso seja necessário. É claro que essa é uma avaliação que é feita praticamente hora a hora”, explicou Dino.
Efetivo
Na noite passada, 70 militares da Força Nacional foram enviados para o estado potiguar. Ao todo, o ministro afirmou que o contingente de policiais chegará a 220 policiais, enquanto na força penitenciária não há limite. Isso, em conjunto com o trabalho das forças de segurança pública estaduais, será suficiente para estabelecer a ordem, de acordo com Dino.
“Ontem já fizemos transferências e, se continuar esse clima de conflagração, é claro que nós vamos aumentar o efetivo, não há limite. Nós destinamos inicialmente 220 policiais da Força Nacional e da força penitenciária para lá, podemos chegar a 300, 400, 500, na medida em que seja necessário”, disse o ministro.
“A integração com as forças estaduais, tenho conversado com a governadora Fátima (Bezerra), nós acreditamos que a chegada plena desse contingente e a intensificação da parceria com o estado vão garantir, nos próximos dias, a recomposição das condições de segurança”, complementou.
A estratégia do ministério é atuar na descapitalização das facções. Para isso, Dino afirmou categoricamente estar contando com a parceria do governo estadual, inclusive com ações que já começaram a ser realizadas pela Polícia Federal (PF).
“Nós sabemos que há uma situação brasileira que não é de hoje. Infelizmente, vem de longe no sentido de atuação dessas facções, e temos realizado ações, inclusive, para descapitalizar essas facções. Vocês devem ter acompanhado uma grande operação que foi realizada ontem pela Polícia Federal que se dirigia exatamente à descapitalização dessas facções. Essa é a forma pela qual nós vamos vencê-las, retirando os recursos”, declarou.
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