A advogada Edilene Lobo está no centro de uma mobilização comandada por lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT) para que ela assuma uma das duas vagas no Supremo Tribunal Federal (STF) que ficarão livres neste ano, em decorrência da aposentadoria dos ministros Ricardo Lewandowski e Rosa Weber. A jurista, que já advogou para o diretório estadual do PT-MG, também chegou a ser indicada para a Lista Tríplice para uma vaga no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2022.
Com origem no PT de Minas Gerais, o movimento ganhou projeção nacional dentro do partido. A maior expectativa, segundo analistas políticos, é que Edilene assuma o posto de Rosa Weber. Pesa a seu favor o fato de ela ser negra – o que conferiria maior diversidade de gênero e raça à Suprema Corte.
Dirigentes petistas afirmam que a indicação de Edilene Lobo não somente contribuirá para a representatividade feminina e negra no STF, como ajudará na solução de um problema interno, devido ao pouco espaço concedido aos mineiros no governo Lula.
O coro pela indicação de Edilene também faz contraponto à suposta intenção do presidente de indicar o próprio advogado, Cristiano Zanin, para a vaga.
Além da preferência de lideranças do PT mineiro, o nome da advogada mineira é defendido pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e pelo ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida.
Edilene Lobo
Natural de Taiobeiras, no Norte de Minas Gerais, Edilene Lobo, além de advogada, é professora universitária, pesquisadora e escritora com vários artigos e livros jurídicos publicados. Ela também é doutora em Direito Processual Civil pela PUC Minas.
Atualmente, é professora do Programa de Mestrado e Doutorado em Proteção de Direitos Fundamentais da Universidade de Itaúna e professora convidada da Pós-graduação da PUC-MINAS, onde leciona sobre Processo Eleitoral.
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