O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União pediu que o órgão investigue uso da máquina pública e possíveis descumprimentos das regras pelo poder Executivo no ingresso das joias sauditas ao Brasil.
A manifestação, assinada pelo subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, pontua a necessidade de se apurar a utilização de aeronaves da Força Aérea Brasileira para tratar de interesses pessoais do ex-chefe do Executivo e da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Em 28 de dezembro de 2022, o sargento da Marinha Jairo Moreira da Silva foi enviado em voo oficial da FAB para o Aeroporto de Guarulhos, com a missão de resgatar as joias apreendidas em 26 de outubro do ano anterior. A ação foi gravada pelo sistema de câmeras de segurança da unidade da alfândega no aeroporto.
Em vídeo obtido pela Globo News, o sargento Silva tenta convencer o auditor da Receita Federal a liberar o bem apreendido. O militar apresenta, na tela do celular, um ofício assinado pelo tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, com pedido para a entrega dos bens.
O auditor explica que não pode autorizar a retirada do objeto sem a documentação adequada. O militar insiste e diz que o pedido tem um caráter "de urgência". O servidor resiste à intimidação e encerra a conversa. A operação de resgate das joias fracassa.
Em entrevista à CNN, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), admitiu que incorporou ao seu acervo pessoal as joias que recebeu do governo saudita. "Não teve nenhuma ilegalidade. Segui a lei, como sempre fiz", disse.
No sábado, Bolsonaro afirmou que estava sendo acusado "de um presente que eu não pedi, nem recebi".
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