Nome do MDB para presidir a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado, Renan Calheiros (AL) vai receber nesta terça-feira (7/3), às 12h, representantes da sociedade civil da Ucrânia.
A agenda, requerida pela delegação ucraniana, acontece a dois dias de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente da Casa, bater o martelo junto a líderes partidários sobre a divisão das presidências das 24 comissões permanentes. Há reunião marcada para esta quinta-feira (9), com horário a confirmar.
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Na semana passada, um encontro entre Pacheco e parlamentares acabou não avançando para a definição dos colegiados, em razão de falta de consenso. O rateio tem por trás interesses das legendas e da presidência do Senado, bem como do governo: todos veem na distribuição um mecanismo de governabilidade para os três lados.
A oposição, composta oficialmente por PP, PL e Republicanos, aguarda a “sobra” da divisão, mas tenta herdar uma comissão expressiva às suas pautas, que giram em torno dos ideais da extrema-direita, como defesa ao armamento da população.
Foco da agenda
O foco da visita é discutir a situação atual do conflito na Ucrânia e um eventual apoio do Brasil para pôr fim à guerra que completou um ano no último dia 24. O grupo objetiva também explorar oportunidades de aproximação entre os dois países.
Calheiros é aliado de décadas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que conversou na semana passada com Volodymyr Zelensky sobre uma mediação de Lula, a pedido do presidente ucraniano, para se estabelecer a um acordo de paz com o presidente russo, Vladimir Putin.
O governo da Rússia chegou a dizer no mês passado que analisa uma manifestação do governo brasileiro sobre o assunto. Há por parte da cúpula governista o desejo de que Calheiros presida a CRE, a fim de contribuir para que a gestão petista consiga avançar com planos diplomáticos e relacionados à defesa nacional, atribuição do colegiado. Na Câmara, há também disputa para que o PT fique com a comissão de mesmo tema.
O grupo é composto pela ativista pelos direitos humanos Oleksandra Drik, integrante do Centro de Liberdades Civis (CCL); pelo profesposor de política comparada da Universidade de Kiev, Olexiy Haran; pela diretora do departamento de cooperação internacional da Câmara de Comércio e Indústria da Ucrânia, Anna Liubyma; e pelo reverendo Ihor Shaban, chefe da comissão para o diálogo Inter-religioso e assuntos ecumênicos da Igreja Greco-Católica Ucraniana. O CCL dirigido por Oleksandra Drik foi laureado com o Prêmio Nobel da Paz em 2022.
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