Bahia

Teixeira diz que tentará resolver invasão do MST a fazendas "pelo diálogo"

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou ainda que se reunirá na próxima semana com representante da empresa de celulose e do MST

Ingrid Soares
postado em 02/03/2023 15:45 / atualizado em 02/03/2023 15:45
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou que tentará resolver “pelo diálogo” a invasão do Movimento Sem Terra (MST) a áreas de empresa de celulose na Bahia. A declaração foi feita a jornalistas no Palácio do Planalto após evento de lançamento do novo Bolsa Família nesta quinta-feira (2/3).

“Fui procurado ontem (quarta-feira) pelo vice-presidente da Suzano Papel e Celulose. E ele me contou que uma propriedade deles foi ocupada pelo MST na Bahia. Ele me pediu para ajudar na solução desse conflito. Hoje vou ligar para o MST sugerindo a eles que possam negociar as questões relacionadas a esse terreno e, portanto, nós vamos, a partir de hoje, levantar toda a situação do conflito. Há um conflito ali de 10 anos. Parece que houve uma negociação entre eles, e essa ocupação tem como objetivo não a área ocupada, mas a retomada da negociação que tinha sido feita há 10 anos, segundo o MST, que não tinha sido cumprida”, disse.

Cerca de 1,7 mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram três fazendas de cultivo de eucalipto da empresa Suzano Papel e Celulose, nos municípios de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas, no sul da Bahia. Uma quarta área, a Fazenda Limoeiro, de outro proprietário, foi ocupada no município de Jacobina. A empresa e o proprietário entraram com ações de reintegração de posse.

“A equipe do MDA vai recuperar junto com a Suzano e o MST a negociação e endereçar ao MST o pedido da Suzano de desocupação da área. Temos o propósito de uma reunião com a Suzano e o MST na semana que vem. Nós vamos tentar resolver esse conflito pelo diálogo, pela conversa e reestabelecer uma negociação, que segundo eles foi interrompida há 10 anos”, completou.

O ministro evitou criticar as invasões e ainda negou que o teor das ocupações esteja ligado à escolha da diretoria do Incra.

“Não, não tem nenhuma conotação dessa natureza. Os cargos do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) já foram todos resolvidos. Claro, tem um procedimento para nomear um cargo. A pessoa passa por um estudo sobre a vida pregressa. Mas os nomes já foram encaminhados. A direção do Incra está definida. Então, não é disso que trata”, concluiu.

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