Banco Central

Tebet diz esperar redução de juros após reoneração dos combustíveis

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou nesta quarta-feira (1º/3) que o governo está focado na contenção de gastos, e que espera uma redução dos juros, ainda que não no patamar defendido pelo Executivo

Victor Correia
postado em 01/03/2023 11:45 / atualizado em 01/03/2023 11:47
 (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press)

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, declarou nesta quarta-feira (1/3) que o governo espera que o Banco Central (BC) e o Comitê de Política Monetária do Banco (Copom) abaixem os juros, “ainda que paulatinamente”, após o anúncio da reoneração dos combustíveis feito ontem (28/2) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Tebet avaliou ainda que a medida tomada pelo governo foi equilibrada, ao não retomar completamente a tributação.

“Queremos mostrar para o Copom e para o Banco Central que podem diminuir os juros, ainda que paulatinamente, porque nós temos responsabilidade fiscal e estamos fazendo o dever de casa”, disse a ministra a jornalistas no Palácio do Planalto, após participar de um café da manhã com a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, outras ministras em celebração do início do mês das mulheres.

“O que estamos fazendo é um esforço concentrado para mostrar para o Banco Central, na próxima reunião do Copom, que o problema da inflação não é demanda. Isso já é um ponto importante, inicial, que nos dá a tranquilidade de ter segurança do que estamos falando: que é possível baixar os juros no Brasil, ainda que não nos patamares que nós queremos, porque nós entendemos a posição do Copom”, explicou ainda a ministra.

Ontem, Haddad anunciou a reoneração parcial do PIS/Cofins sobre a gasolina e sobre o etanol, levando a um aumento de R$ 0,47 por litro na gasolina e R$ 0,02 no etanol. Como a Petrobras também reduziu os preços da gasolina, em R$ 0,13 por litro, o impacto final no consumidor é de R$ 0,34. Após anunciar a medida, o ministro da Fazenda também declarou esperar “que a [autoridade] monetária reaja da maneira como prevista nas atas”, referindo-se à redução dos juros.

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